Energias renováveis suplantando combustíveis fósseis até 2025
Em 2025, um marco histórico será alcançado – as fontes de energia renováveis finalmente suplantarão os combustíveis fósseis no Brasil. Essa transição, que vem sendo observada nos últimos anos, se consolidará de vez nesta década, transformando profundamente o cenário energético nacional.
Impulsionada por políticas governamentais de incentivo, avanços tecnológicos e uma crescente conscientização ambiental da população, a ascensão das energias limpas é imparável. Eólica, solar, hidrelétrica e biomassa já respondem por mais da metade da matriz energética brasileira, relegando o petróleo, gás natural e carvão mineral a um papel cada vez mais secundário.
Eólica e solar lideram a transição
Dentre as fontes renováveis, a energia eólica e a solar fotovoltaica se destacam como as grandes protagonistas dessa transformação. Graças a investimentos maciços e à queda vertiginosa nos custos de implementação, esses dois setores experimentaram um crescimento fenomenal nos últimos anos.
A capacidade instalada de energia eólica, que em 2015 era de apenas 8,7 gigawatts (GW), saltou para impressionantes 35 GW em 2025. Isso representa quase 30% de toda a matriz elétrica brasileira. Impulsionada por parques eólicos gigantescos no Nordeste e Sul do país, a energia dos ventos se consolidou como uma das principais alternativas aos combustíveis fósseis.
Já a energia solar fotovoltaica, que há uma década era vista como uma tecnologia cara e pouco viável, hoje é uma realidade presente em praticamente todos os cantos do Brasil. De apenas 0,1 GW instalados em 2015, o País chegou a incríveis 15 GW em 2025 – o que corresponde a 12% da eletricidade gerada no Brasil.
Essa expansão foi possível graças a políticas de incentivo como o programa de microgeração distribuída, que estimulou a instalação de painéis solares em residências e pequenos negócios por todo o país.
Hidrelétricas e biomassa também avançam
Embora menos celebradas do que a eólica e a solar, outras fontes renováveis também tiveram avanços significativos no período. As hidrelétricas, que historicamente sempre foram a principal fonte de eletricidade do Brasil, mantiveram sua relevância, respondendo por cerca de 40% da matriz energética em 2025.
Apesar de alguns problemas ambientais relacionados a novos projetos de grandes usinas, o setor hidrelétrico conseguiu se reinventar, apostando em pequenas centrais e na modernização de antigas instalações. Isso permitiu que a geração hidráulica continuasse a ser um pilar importante da transição energética.
Já a biomassa, que utiliza resíduos agrícolas e florestais para gerar calor e eletricidade, também experimentou forte expansão. Impulsionada pelo etanol de segunda geração e por novos projetos de cogeração em usinas sucroalcooleiras, a bioenergia chegou a 8% da matriz em 2025.
Combustíveis fósseis em declínio
Enquanto as energias renováveis avançam, os combustíveis fósseis – petróleo, gás natural e carvão mineral – vêm perdendo espaço de forma acelerada. Em 2025, eles respondem por menos de 40% da matriz energética brasileira, uma queda vertiginosa em relação aos 60% registrados em 2015.
O petróleo, outrora a principal fonte de energia do País, viu sua participação despencar de 47% para apenas 25% nesse período. Isso se deve tanto à redução do consumo nos setores de transporte e industrial, quanto à crescente competitividade dos biocombustíveis, como o etanol e o biodiesel.
Já o gás natural, que chegou a ser considerado uma “ponte” para a transição energética, também perdeu protagonismo, caindo de 12% para 8% da matriz. Isso porque, além da concorrência das renováveis, o País conseguiu reduzir significativamente a demanda por gás, principalmente na geração de eletricidade.
Por fim, o carvão mineral – a fonte mais poluente de todas – teve sua participação reduzida de 3% para apenas 1% em 2025. Esse recuo se deve principalmente à desativação gradual das termelétricas a carvão, substituídas por usinas eólicas, solares e de biomassa.
Rumo a uma matriz 100% limpa
Embora ainda haja desafios a serem superados, como a necessidade de avanços em armazenamento de energia e na infraestrutura de transmissão, o Brasil caminha a passos largos para uma matriz energética 100% renovável.
Estima-se que, já na próxima década, as fontes limpas como eólica, solar, hidrelétrica e biomassa respondam por mais de 80% de toda a energia consumida no país. Esse cenário trará benefícios ambientais, econômicos e sociais inestimáveis, consolidando o Brasil como uma potência mundial em energias renováveis.
O futuro é verde, limpo e sustentável. As energias renováveis suplantaram os combustíveis fósseis – e essa é apenas o começo de uma transformação que vai muito além do setor energético.